10 julho 2010

Ruas de Ará



      Venho agora, com um grande atraso, concluir a primeira parte (dividida em dois posts) de escritos sobre a minha amada cidade, Aracaju.

      Na anterior falei sobre e fotografei basicamente o cartão-postal daqui, a orla de Atalaia. Agora vou falar de outras partes, de outros mundos e que também fazem essa cidade ser maravilhosa.

      Ainda se preserva aqui bastantes áreas verdes pois a expansão imobiliária predatória aqui é recente. Além de matas naturais, temos os parques da Cidade e da Sementeira. O primeiro abriga aquilo que mais próximo se pode chamar de zoológico, com bastante vegetação de mata atlântica nativa. Foi reformado a pouco, mas como se encontra longe da maior concentração populacional, é pouco visitado. Já o parque da Sementeira fica ao lado de um shopping no bairro mais movimentado. O lugar é super agradável e fica perfeito quando tem apresentações da Orquestra Sinfônica ou shows num domingo de tarde, com direito a pôr do sol embelezando.





      Agora vamos para o centro da cidade, que ainda possui ares de cidade tranquila. Praças arborizadas, a Catedral, um museu recém inaugurado (Palácio Olímpio Campos) e o mercado municipal. Na verdade, MERCADOS, pois são dois: um de hortifrutigranjeiros e outro de artesanato, flores e comidas típicas. É no espaço entre eles que acontecem os festejos do Forrócaju e alguns shows ao longo do ano no projeto Rua da Cultura, que já completou 7 anos. Outro projeto cultural é o Beco dos cocos, que foi recuperado e utilizado como um espaço mais alternativo de arte.





      Falando em arte, pertinho da minha casa fica o Teatro Tobias Barreto, que mudou a forma comos os aracajuanos enxergam espetáculos mais elaborados. Música clássica, ballets, peças teatrais, shows. Tudo com o maior conforto possível e quase sempre a preços módicos. =D



      O Centro da cidade também tem um fato curioso. A disposição das suas ruas são como as linhas do tabuleiro de xadrez, fazendo com que todos os quarteirões originalmente fossem simétricos. Como a topografia da cidade é quase toda plana, da pra ver praticamente onde a rua começa e onde termina.

      Não quero, com isso, esgotar as histórias e as fotos da cidade, mas acho que pra um aperitivo, tá bom.

Música do Paulo Lobo, Ruas de Ará




Nossa cidade, cenário da ponte
Entre o houvera e o haverá
Tem gente que é terra
Tem gente do mangue
Todo dia nas ruas de Ará



Tem velho safado
Tem beiju molhado
Tem deputado marajá


Tem rico que é pobre
Tem preto que é nobre
Todo dia nas ruas de Ará



Ará Cajueiro Aracajuá
Dança guerreiro
Ruas de Ará
Senhora de idade
Vem da Soledade
Um moço que vai trabalhar
Dondoca doideca
Doutor de traveca
Todos os dias nas ruas de Ará



Tem gente bacana
Tem falsa baiana
Boçal, tem vagal, tem paxá
Na nossa cidade
Mentira e verdade
Todo dia nas ruas de Ará

 
 
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