09 maio 2010

Mirando as ondas do mar...

     Aracaju é linda. Capital do estado de Sergipe a partir de 1855, foi a primeira capital brasileira planejada. Os ruas do centro antigo da cidade são dispostas como as linhas de um tabuleiro de xadrez, de forma que é fácil se locomover por lá. Como era de se esperar, com o crescimento a cidade não continuou assim tão arrumadinha, mas ainda preserva muito dos seus encantos.


      Com uma população em torno de 600 mil habitantes, ainda não é considerada uma cidade grande, porém já pode se dizer madura. Seus recém completados 155 anos, no dia 17 de março passado, podem ser mais facilmente reconhecidos nos casarões do centro, com uma arquitetura predominantemente barroca. Como era de se esperar, algumas coisas foram inseridas nesse contexto, como o edifício Estado de Sergipe (o maior da cidade), popularmente conhecido como Maria Feliciana (em homenagem da sergipana que foi considerada por muito tempo a mulher mais alta do mundo).

      Considerada a capital com a melhor qualidade de vida, Aracaju tem hoje atrativos que não se resumem às praias. Ué, se você fala isso, porque só tem foto da orla nessa postagem? Porque ainda vai vir pelo menos mais uma falando sobre o resto da cidade. =D



      Aqui fica também um dos mais procurados destinos de diversão da cidade. Com bares, restaurantes, parque infantil e até pista de patinação aberta, de quinta a domingo costuma ser bem movimentada.


      A praia aqui é areia branca e mar escuro. A faixa de terra até chegar na água é variável entre o distante e o não-vai-chegar-nunca, o que trás ao menos uma vantagem: não falta lugar pra quem quer ir. Em alguns trechos temos bares, noutros somente água, areia e céu. Ainda é bastante seguro ir à praia, seja pra tomar banho, seja para caminhar.





E pra completar, mais algumas fotos e uma música feita pra praia de Atalaia. Até a próxima.


"Lá vem o dia despertando a natureza
Vou seguindo a correnteza na incerteza de chegar


Dia após dia noite e dia sem cessar
Tanta dor tanta agonia eu aqui não vou não ficar


Eu quero o cheiro das manhãs da minha terra
Ver o sol nascer na serra e o vento norte a soprar



Eu quero mesmo é ficar bem juntinho dela
Na praia de Atalaia mirando as ondas do mar

Mirando as ondas do mar
Mirando as ondas do mar"

04 maio 2010

Goiânia e o estilo Art Déco

Com mais de um milhão de habitantes, Goiânia foi fundada em 1933 para substituir a antiga capital do Estado. Inspirado nas cidades-jardins do urbanista Ebenezer Howard, o projeto arquitetônico de Goiânia se destaca pelo uso de formas geométricas, sendo um grande acervo de construções do estilo denominado "Art Déco".

O Art Déco surgiu num momento de efervescência cultural, provocando profundas alterações e atingindo questões políticas, econômicas, culturais, filosóficas, artísticas e, principalmente comportamentais. Na arquitetura é regido pela geometria e predominância de linhas verticais, uma verdadeira aproximação ao estilo cubista. Seria interessante pensar em um debate sobre o tradicional e o novo? O funcional e o ornamento puro? Depuração e exagero?

Procurando sobre o assunto, encontrei duas explicação para essa escolha em Goiânia. Dentre os moldes considerados ideais, essa arquitetura simbolizava o modelo utilizado pelo Presidente da República Getúlio Vargas na representação de seu governo. Em outra visão, a opção feita pelo arquiteto Attílio Corrêa Lima, se deu em virtude da precariedade financeira do Estado, e o estilo possibilitaria o efeito de monumentalidade sem a necessidade de utilização de materiais nobres ou exageros decorativos.

Pessoalmente, acho todo o patrimônio de Art Déco em Goiânia muito bonito. Apesar de “muito bonito” ser um argumento “muito pobre” para explicá-lo. Nunca aprendi algo relevante sobre o assunto “na escola”, não aprendi sobre sua origem, importância ou "desimportância". Como eu gostaria que fosse mais valorizado?

Arquivo pessoal Sibelle Paes em maio de 2010.

Coreto em Art Déco, localizado na Praça Cívica em Goiânia.


“as paisagens têm o poder de rematerializar um modelo dominante de relações sociais e culturais. [...] a paisagem não é apenas um tipo particular de expressão cultural da realidade, mas um meio de reforçar uma ideologia dominante em uma determinada sociedade.” Matthew Gandy.



Ps: Thito, eu sei que o texto ficou "longão", mas gyn não tem praia. =*

 
 
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